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Síndrome dos Ovários Policísticos e Medicina Funcional
Apesar do nome, a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) não é um problema somente dos ovários, ela é uma desordem de causas genética, hormonal, metabólica e reprodutiva que afeta 1 a cada 10 mulheres em idade fértil, trazendo prejuízos na qualidade de vida e sendo uma das causas mais comuns de infertilidade.Nessa síndrome podemos observar uma série de sinais sintomas e consequências na saúde:
❗Irregularidades menstruais
❕Hiperandrogenismo (excesso de pelos, oleosidade e acne)
❗Obesidade
❕Resistência insulínica
❗Alterações hormonais (desequilíbrio progesterona X estrogênio, redução do anti-mulleriano, alterações no FSH e LH, na testosterona, cortisol e na prolactina)
❕Infertilidade
❗Aumento do risco de diabetes, câncer de endométrio e doenças cardiovasculares
❕Associação com tireoidite e outras doenças autoimunes
❗Risco de complicações na gravidez
❕Maior chance de depressão e ansiedade
No contexto da medicina funcional, a síndrome dos ovários policísticos é abordada de forma ampla e contempla principalmente os fatores comportamentais. Conheça algumas ferramentas que utilizamos para isso:
Alimentação planejada eliminando ou reduzindo significativamente a carne vermelha, bebidas alcoólicas, açúcares refinados, leite e derivados e alimentos processados. Dieta com pouco carboidrato, rica em gorduras boas e fibras.
Ênfase no intestino para melhora do sistema imunológico através do equilíbrio da microbiota e controle da permeabilidade intestinal. Isso ajuda no controle da insulina, do apetite e do peso corporal.
Monitoramento hormonal amplo. Na SOP a palavra é o equilíbrio, nem de mais nem de menos.
Suplementos e medicamentos que atuam no controle da insulina e nas consequências da síndrome. N-Acetilcisteína, Metformina, Ácido Alfalipóico, Coenzima Q10, Mioinositol, Melatonina, Vitamina D são apenas algumas alternativas disponíveis.
Atividade física diária, de preferência incluindo aeróbicos.
Autocuidado! Priorizar o sono e redução de estresse!
O diagnóstico e abordagem precoces de forma multidisciplinar reduz muito o risco de diabetes, doenças cardíacas e transtornos psicológicos.