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Bebida alcoólica X Câncer
O consumo excessivo de álcool prejudica a saúde e isso não é novidade! Há uma tendência das pessoas associarem o álcool a doenças como cirrose, hipertensão, altos níveis de triglicérides e transtornos mentais, mas ele também está relacionado a um risco importante e não tão conhecido: o desenvolvimento de pelo menos 8 tipos de tumor: boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino e mama.O surgimento de câncer por influência do álcool pode acontecer de várias formas como: alteração do DNA das células e danos genéticos decorrentes do estresse oxidativo gerado pelos metabólitos do álcool, alterações no metabolismo hormonal e comprometimento do sistema de nutrição das células, entre outros mecanismos que variam conforme o tipo de câncer.
O WCRF (World Cancer Research Fund) publicou um relatório em 2018 baseado na literatura já existente - Diet, Nutrition, Physical Activity and Cancer: A Global Perspective - que mostrou que um aumento de 10 gramas de consumo de álcool por dia (em média) aumentou o risco de câncer de mama em 5% em mulheres pré-menopausa e em 9% em mulheres pós-menopausa. Um drink padrão contém cerca de 14 gramas de álcool.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a relação dose-resposta é bastante clara: quanto mais álcool ingerido por mais tempo de consumo, maior é o risco de aparecimento de tumores malignos.
Só para fazer uma comparação e uma reflexão, muitas vezes as pessoas e médicos que temem e demonizam tanto fazer uma terapia de reposição hormonal de forma adequada e segura são as mesmas que acham normal e inofensivo beber de 3 a 4 vezes por semana, o que é muito mais nocivo em diversos sentidos, inclusive no aumento do risco de câncer, que é o tema em questão.
Será mesmo que uma tacinha de vinho por dia faz tão bem assim?
Quando o assunto é álcool e saúde, a palavra é sempre moderação.